sexta-feira, 6 de maio de 2011

AULAS 6 e 7 - Aristóteles

  • Estudou na Academia de Platão, mas foi crítico de seu método
  • Recusa a separação entre mundo da idéias e mundo sensível
  • A teoria de Aristóteles se baseia em três distinções fundamentais:
    • Substância-essência-acidente;ato-potência;forma-matéria.
  • Une os dois mundos (sensível e das idéias) no conceito de substância: “aquilo que é em si mesmo”
  • Essência: algo que, se faltasse, a substância não seria o que é.
  • Acidente: atributos que podem ou não ocorrer à substância.

EXEMPLO: A substância individual “este homem” tem como características essenciais os atributos pelos quais este homem é homem (Aristóteles diria, a essência do homem é a racionalidade) e outros, acidentais (como ser gordo, velho ou belo), atributos esses que não mudam o ser do homem em si.

  • E as transformações dos seres?
  • Aristóteles utiliza as noções de matéria e forma.
  • Matéria: é o princípio indeterminado do qual o mundo físico é composto. “aquilo de que é feito algo”. Mas não é como nós concebemos a matéria, na física, pois para Aristóteles matéria é algo indeterminado.
  • Forma: “Aquilo que faz com que uma coisa seja o que é”.
  • Todo ser é composto de matéria e forma. São princípios indissociáveis. Enquanto a forma é a essência comum aos indivíduos da mesma espécie, a matéria é passiva, contendo a forma em potência. Isto quer dizer que a matéria só existe em alguma forma, não há matéria sem forma.

EXEMPLO: Numa estátua (que já é uma forma, é matéria segunda) a matéria é o mármore; a forma é a idéia que o escultor realiza na estátua.

  • É através da noção de matéria e forma que se explica o devir. Todo ser tende a tornar-se a forma que tem em si como potência.

EXEMPLO: A semente, quando enterrada, tende a se desenvolver e se transformar no carvalho que era em potência.

  • A potência não é uma força interna, pertencente à matéria. A potência é a capacidade de tornar-se outra coisa, mas para isso é preciso a ação de outro ser já em ato.

EXEMPLO: A semente, que contém o carvalho em potência, foi gerada por outro carvalho em ato.

  • Potência: capacidade de tornar-se outra coisa.
  • Ato: A ação, a coisa, aquilo que é, em um momento.
  • Movimento: Passagem da potência para o ato. “o ato de um ser em potencia enquanto tal”.
  • O ato de conhecer é usar conceitos universais, compreender que há características essenciais e imutáveis nas coisas, ao mesmo tempo que se pode identificar características particulares, acidentais, que variam de coisa para coisa.
EXEMPLO: Identificamos uma árvore enquanto Carvalho, pois existe nele e em todos os outros, características comuns. Apesar disto, cada carvalho nasce e cresce de acordo com o meio em que está, e isto dá uma configuração particular a cada um deles.

  • Deus, Ato Puro.
    • A idéia de movimento de Aristóteles implica que cada coisa pode se tornar outra se sofrer a intervenção de outra. Ou seja, nenhuma das coisas tem em si a capacidade de mudar-se.
    • Já que os movimentos não se produzem, e sim produzidos, concluímos que cada ser é produzido por outro ser que, por sua vez é produzido por outro ser e assim por diante.
    • Mas de onde vem o “impulso inicial” que colocou todas as coisas em movimento?
Resposta Necessária: de DEUS. Ele seria o único Ato Puro, sem potência pois é o primeiro; Ser Necessário que é causa de todas as coisas.

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